segunda-feira, outubro 06, 2008

A Internet




Não há como negar os benefícios trazidos pela internet. Intrinsecamente ela não é boa nem má. É apenas uma ferramenta, um instrumento. Porém, revela um risco elevado de descortinar actos negativos, pois amplifica as mais inconfessáveis características da personalidade de cada um.

A internet acostumou- nos mal. Muito mal. Transformou-nos em meros repassadores de mensagens, vídeos e toda sorte de quinquilharias informatizadas, formatadas e executáveis. Parece que, em uma olhadela superficial, tranformou-nos em seres bem superficiais, pouco sensíveis, automáticos. Repassar virou um reflexo condicionado. Como conduzir um carro. Fazemos uma gama enorme de tarefas ao mesmo tempo, entretanto, sem estar consciente disso. No caso de conduzir é de grande valia, pois necessitamos estar atentos ao imprevisível, o que não seria possível se precisassemos estar plenamente conscientes de acelerar,carregar na embreagem e travar, olhar nos retrovisores e girar o volante, tudo quase ao mesmo tempo.

Mas, nas relações humanas, funcionar no automático não é nada bom. Não há espaço para reflexo condicionado. Rouba-nos a nossa mais sublime ferramenta: a sensibilidade. E o pior: não vejo nenhum lampejo de conscientização.As Pessoas continuam a enviar e reenviar mensagens esdrúxulas e até ofensivas a todo instante. Nem sequer têm o zelo de apagar os Enc:Fw:Re:Re:Enc:Re do título e muito menos de ocultar as centenas de e-mails de desconhecidos, frutos de sucessivos repasses. É um sinal da pouca importância que temos para elas.

Não quero mais saber do novo , do terrível vírus feliznatal.exe que explode no PC, do alerta de um policial sobre um novo tipo de rapto (logo de um policial!), da criança que desapareceu há anos e nem tem um nome e, muito menos, do fulano de tal que tem uma doença incurável desde 1999 (já deve ter morrido quando a mensagem chegou).

Chega de mensagens religiosas . Chega de testes de memória . Chega de alarme sobre uma substância nociva que contém na Coca-cola e cria catarro no cérebro . Chega de propaganda .

Tenho saudades das mensagens simples mas pessoais em que os amigos realmente se preocupavam em perguntar como estou e esperam resposta , e se a resposta demorar logo a seguir mandam outra perguntando o que se passa , tenho saudades das relações mais próximas , mais humanas e menos virtuais!!!

Só me resta, concluir que a internet não pode ser responsabilizada de criar a futilidade das pessoas. As pessoas já eram fúteis. A internet é uma lente de aumento. Só. Portanto, muito respeitosamente, gostaria de mandar um recado pra todos os que enchem a minha caixa de entrada com lixo que nem o lixo quer: NÃO PERCAM TEMPO A ENVIAR-ME ISSO!!!!!!!!!!!

quarta-feira, outubro 01, 2008

Sem mais palavras...

Gostava que este e outros gestos fizessem alguém sorrir.... como eu gostava...

Sem muitas mais palavras ...