quarta-feira, abril 25, 2007

Que o amor não me engana


Que amor nao me engana

Com a sua brandura

Se da antiga chama

Mal vive a amargura

Duma mancha negra

Duma pedra fria

Que amor nao se entrega

Na noite vazia?


E as vozes embarcam

Num silêncio aflito

Quanto mais se apartam

Mais se ouve o seu grito

Muito à flor das àguas

Noite marinheira



Vem devagarinho

Para a minha beira

Em novas coutadas

Junta de uma hera

Nascem flores vermelhas

Pela Primavera

Assim tu souberas

Irma cotovia

Dizer-me se esperas

Pelo nascer do dia
Zeca Afonso

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